segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Visita ao bisavô II

Durante o fim-de-semana (e sem a nossa carrinha que ainda está em Reguengos de Monsaraz à espera de reboque até nós) foi a vez de visitarmos o outro bisavô, da parte do Pai, em Oliveira de Frades (Viseu),o bisavô Valentim.

Fomos com a minha sogra, que comprou recentemente uma casa lá em cima e que nos permite assim estar confortavelmente na vila em família e com todas as condições necessárias para uma criança. Não que a casa do bisavô na aldeia, Casal de Sejães, não seja óptima, mas para uma bebé de 3 meses, estarmos numa casa ainda com construção em pedras sem qualquer aquecimento em noites de poucos graus, e ter água quente que vem da lareira para uma casa de banho que fica no quintal, não é a mesma coisa...ainda para mais em dias como estes em que choveu torrencialmente.

Embora com todas as condições necessárias na casa da avô, mas sem uma banheira, eis que a nossa pipoca banhou-se num alguidar cor-de-rosa e achou um piadão, só se ria.



Estivemos lá três dias e a Inês fartou-se de passear pelos terrenos do avô, pela vila, pela aldeia, não que se tenha divertido por aí além, uma vez que estava sempre a dormir...na verdade aqueles ares fizeram-lhe muito bem, considerando que dormiu o dobro do que o habitual e mamou tanto, mas tanto que as minhas maminhas já suplicavam sossego.

Nada como estar com a família, principalmente quando precisam de nós, quando apenas a presença os alegra, tal é a solidão em que passam os dias.
O avô Valentim é rijo, valente diria eu, com os seus 86 anos cuida da sua casinha, cuida dos seus terrenos, apanha sacas e sacas de castanhas para nos presentar, apanha quase todos os dias o autocarro para passear na vila e ir cuidar da casa da filha.
O avô Valentim não é de muitas palavras, basta a presença e as atitudes...não foi preciso dizer nada, ver as lágrimas nos seus olhos quando viu a bisneta foi mais do que suficiente para saber que a Inês tem mais um que reze por ela.
Estar com pessoas assim fazem-nos enrijecer...fazem-nos olhar para a vida com outros olhos e dar valor a quem temos longe de nós.

Tenho pena de estarmos tão longe...eu gosto do avô Valentim e a miúda também, que se fartava de sorrir cada vez que o via.




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