quinta-feira, 10 de novembro de 2016

Visita ao bisavô

Ontem foi dia de passeio grande, de visitarmos a terra da mãe e de conhecermos o bisavô Xico que ainda não tinha possibilidade de conhecer a Inês.

Como o H. está de férias andamos numa de apresentar a Inês à família.

Pouco tempo antes da miúda nascer o meu avô Xico foi operado a um tumor que lhe tinha sido diagnosticado no início do verão e quando a família a veio visitar ele não se sentia ainda preparado para uma viagem de carro.
Assim sendo, e como boa neta que sou e porque gosto de apresentar a minha filha a toda a gente, principalmente família, partimos de manhã cedinho para Reguengos de Monsaraz mais propriamente para as Perolivas.

Levámos a minha mãe que queria matar saudades dos meus avós e a Lola, que adora passear connosco e principalmente ir lá abaixo. Para irmos confortáveis e porque queríamos "testar" uma grande viagem com a carrinha que comprámos no início do verão em segunda mão, lá fomos nós na Ford S-Max todos contentes.
Esta viagem costumamos fazê-la num só dia, arrancamos bem cedo, almoçámos com os meus avós, passamos a tarde juntos e depois arrancamos para casa ao final da tarde, para jantarmos umas bifanas de Vendas Novas pelo caminho.

O início da viagem até que estava a correr bem, a Inês dormia, a conversa fluía, o tempo apesar de cinzento mas sem chuva, tudo tranquilo...até que a carrinha decide avariar assim que saímos da autoestrada, ainda a 25km de Reguengos.
Ficámos uma hora parados à beira da estrada, a chover torrencialmente com outros carros e camiões a passar por nós a altas velocidades ao ponto de fazer estremecer a carrinha.
O H. testou e testou o carro, apanhou uma molha para tentar perceber o que se passava...deu tempo para comemos alguma coisa (felizmente uma mãe a amamentar anda sempre com muita comidinha atrás), dei mama à miúda, mudei fralda, fomos pôr a Lola a fazer xixi... e estúpida da carrinha nada...não queria andar a mais de 20km/h por mais que o H. mexesse e desligasse e ligasse o bicho.

Desistimos de tentar solucionar a situação e arriscámos fazer o resto da viagem nestas condições..."o que são 25km a 20km/h ?!!!"...foi um massacre como é óbvio...lá a carrinha por vezes chegou aos 60km/h mas demorámos mais de uma hora a terminar a viagem.

Quase às 14h chegámos à casa dos meus avós, lá apresentámos a neta, lá almoçámos uns bifes inventados pela minha avó e depois disto foi o desespero do H. e do meu tio Zé a tentarem perceber o se que passava num esforço inglório de tentar salvar a situação. Passo duas horas lá baixaram os braços e decidimos acionar o seguro.
O H. ligou para a LOGO (que digo-vos uma coisa, fiquem nos atendeu foi incansável e super prestável), explicou a situação e passado 30 minutos estava o reboque à nossa porta...burocracias e mais conversas à parte dizem-nos que a carrinha não seguia para a Moita naquele dia que tinham que esperar por um reboque maior para "compensar" o transporte, pois saia muito caro à seguradora mandar o carro sozinho tantos km de distância...poissss, quem nos atendeu foi simpático mas a seguradora não ia ficar em prejuízo não é!!!
Depois de barafustar muito cheguei à conclusão que não podia fazer nada, a carrinha tinha mesmo que ficar em Reguengos...não fosse o senhor ter sido colega de escola da minha mãe e amigo do meu tio e tinha ficado muitoooo preocupada.

Depois foi a luta para tentar resolver a questão do nosso regresso, 3 adultos, uma bebé e uma cadela de 30kg.
Não havia, claro está, táxi algum que quisesse levar toda a prol até à Moita. Ainda ponderámos irmos num táxi qualquer e deixar a Lola na casa dos meus avós e irmos lá busca-la no dia a seguir, mas o H. disse logo que não, no máximo ia ainda naquela noite busca-la...maluco da cabeça claro, portanto tentámos perceber junto da seguradora como nos iam ajudar.

Depois de mil telefonemas lá nos disseram que se no máximo de uma hora e meia chegássemos até Évora conseguíamos levantar um carro no rent-a-car parceiro da LOGO e que "quem lá vai dentro na viagem não interessa, a empresa rent-a-car não precisa saber". Pois bem...lá foi o que fizemos. O Hugo foi até Évora no táxi (que por pouco não chegava a tempo) foi buscar o carro alugado e trouxe-nos nada mais nada menos do que um Renault Mégane vermelho de Maio deste ano...ou seja, novinho em folha e de tanto armado ao pingarelho de desportivo, é minúsculo por dentro.


E às 20h lá voltámos, num carro todo cocó que até dá para mudar as cores das luzes do interior, mas que de tão pequeno que é, por causa do ovinho da menina, a Lola teve que vir 2 horas em cima de mim.
Nem parámos para comer as bifanas de Vendas Novas, tal era a ânsia de chegarmos a casa.

Digam lá se não foi uma maravilha de dia? Nem uma bifaninha pude comer!

Apesar disto tudo, e como eu gosto sempre de ver o lado bom e bonito de tudo o que me acontece na vida...a verdade é que nunca me ri tanto com os meus avós, passámos uma boa tarde juntos, a minha filha conseguiu ficar muito tempo com a bisavó Maria e como bisavô Xico e eles adoraram o dia...acho que até o H que foi quem tratou de tudo e se chateou realmente com a situação achou piada ao dia.

A minha família não é grande, e da parte do meu pai infelizmente já se foi a avó Catarina, o avô Manel e o meu adorado Padrinho - que tanto me mimava -, portanto gosto de me esforçar por eles e para os fazer sentir bem, dentro das minhas possibilidades.

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