sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Vacinação

Ora, que maldade fui eu fazer à Inês e porquê, logo no dia em que celebrámos três mesinhos do nosso maior amor.

Sou defensora, mas não extremista, da administração correta e consciente de vacinas às nossas crianças.
Eu tomei, o pai tomou, até a Lola leva as vacinas que o médico aconselha, portanto, com a nossa filha esta preocupação é ainda maior. No entanto, e por maior confiança que deposite no pediatra e no meu médico de família, não há nada que entre no corpo da minha filha que eu não conheça e não saiba as vantagens, desvantagens e efeitos secundários.

Quando nasceu a miúda, logo no hospital ao terceiro dia de vida, foi administrada apenas a vacina contra a hepatite B já que a BCG (contra tuberculose) encontra-se neste momento apenas aconselhada a grupos de risco.

Aos dois meses sofreu uma dose tripla de vacinas: a vacina do tétano, tosse convulsa e difteria; a segunda dose da vacina contra a hepatite B e a Prevenar, que faz parte do PNdeVacinação desde 2015 e que se dedica a combater a bactéria Streptococcus pneumoniae, que pode causar meningite, septicémia, bacteremia, pneumonia e otites.

Idealmente a partir do terceiro mês são aconselhadas pelos pediatras a toma das vacinas Bexsero contra o Meningococo B - que é uma bactéria que pode provocar infeções muito grave (sépsis e meningite) e que ataca principalmente as crianças; e a vacina contra o Rotavírus, que é o causador mais frequente de diarreias aguda e vómitos nas crianças, ou seja, gastroenterites virais.

Decidimos, em consciência e após discussão com o pediatra em administrar apenas a Bexsero,contra a meningite B, uma vez que o Rotavírus é contraído quando as crianças convivem com outras crianças, e acabam por ser expostas ao vírus pela partilha de objectos/brinquedos e contacto físico.
Uma vez que a miúda não vai para a cresce, espero eu, até ter quase 3 anos, e o contacto com crianças é quase nenhum, apenas convive pontualmente com a prima de 6 anos mas sem grande contacto físico nem de brincadeiras. Achámos desnecessário "contaminar" o corpinho dela com mais esta vacina.

Estas vacinas não são baratas é verdade, estamos a falar da Bexsero que se aconselha 4 administrações (aos 3, 5 e 7 meses e último reforço aos 13 meses) a 90,09€ cada dose, mas é um valor que, na minha opinião, compensa em muito considerando o escudo protetor que dá à minha filha perante uma doença que realmente pode matar.

Mas para vos preparar...

Todas as vacinas podem ter efeitos secundários, os mais comuns claro, são a febre, inchaço e dor na zona da "pica", mal estar da criança, sonolência, perda de apetite, irritabilidade, enfim, um conjunto de sintomas que aconselho sempre a lerem antes de darem qualquer vacina, esteja ela ou não integrada no PNV.

Concordem ou não, eu antes da menina levar a vacina tenho colocado sempre um supositório (Benuron 125g) para prevenir o aparecimento da febre. Por mais que muitos profissionais de saúde digam que ah e tal não se deve administrar antipiréticos com febres baixas muito menos sem febre porque a febre é um sintoma e uma defesa do corpo e não uma doença e blá blá, eu ponho, com o consentimento do pediatra, claro.

Nas outras vacinas a Inês, para além do choro desenfreado no momento, nem um sinal nem um mal estar, nem uma birra sequer. É rija a miúda.

Mas agora com a Bexsero o caso foi diferente, mas até a enfermeira alertou "Cuidado que esta vacina é forte e costuma dar febres muito altas.Tomem atenção".

Ficou o dia todo muito irritada, sensível, birrona, não queria maminha de maneira alguma e passou o dia a dormir e a chorar. À noite teve febre, mas nada que um bom banho, mais um supositório e a atenção e miminhos do papá e da mamã não resolvessem. Passou a noite sempre a resmungar e a acordar é verdade, até porque tinha fome e mamou durante a noite2 ou 3 vezes, coisa que não faz desde os dois meses, mas no dia seguinte estava como nova.

Eu cá acho que vale cada cêntimo, cada choro, cada pontinha de febre, cada minuto mal dormido. Tudo pela saúde e bem estar da minha pipoquinha.

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